Com a chegada gradual da ferramenta Meta AI ao WhatsApp dos brasileiros, uma pergunta vem à tona: a empresa usará dados pessoais dos usuários para treinar seus robôs?
O uso da Meta AI no WhatsApp levanta preocupações sobre privacidade e coleta de dados, especialmente considerando o histórico da Meta em explorar metadados para fins comerciais. A empresa afirma que o conteúdo das conversas com a IA é usado para treinar o sistema, mas sem associar essas interações a informações pessoais específicas. Além disso, as mensagens e chamadas pessoais no WhatsApp permanecem protegidas por criptografia ponta a ponta.
No entanto, a coleta de metadados, como localização, tipo de dispositivo e versão do aplicativo, continua permitida. Isso pode ser explorado para direcionar publicidade e identificar padrões de consumo. Por exemplo, metadados podem revelar informações como o tipo de conexão (Wi-Fi ou 3G) e a classe social estimada com base no tipo de dispositivo usado.
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) havia proibido a Meta de usar dados pessoais para treinar IA no Brasil, mas suspendeu essa proibição em agosto de 2024, após a empresa cumprir exigências de transparência e permitir que usuários exercessem o "direito de oposição". Esse direito permite que os usuários solicitem que suas mensagens com a IA não sejam utilizadas para treinamento.
Para exercer esse direito, os usuários precisam acessar um formulário online, o que pode ser feito através do WhatsApp ou nos sites do Instagram e Facebook, embora a ANPD tenha recomendado que o processo fosse mais simplificado e direto